Duas semanas para dar a volta por cima
A derrota do último sábado contra a Catuense representou um duro golpe para o Galícia. O time, que já vinha de duas derrotas seguidas (1 x 0 contra o Camaçari e 3 x 0 contra o Ypiranga), havia passado por uma profunda reformulação na última semana, com a troca da comissão técnica, a chegada de novos jogadores e a dispensa de alguns outros.
O novo treinador, Sérgio Veloso, que o Galícia foi buscar no rival Camaçari, equipe que está liderando o grupo 1, chegou e já foi impondo o seu estilo de trabalho, pautado no trabalho forte, esforço e comprometimento. A equipe ficou concentrada desde a quinta à noite até o sábado, dia do jogo. O time que entrou em campo em Pituaçu apresentou diversas mudanças, tanto na zaga, quanto nas laterais e no meio-de-campo.
E, no primeiro tempo, parecia que as mudanças haviam surtido efeito, tanto do ponto de vista técnico e tático quanto psicológico, já que o time apresentava um futebol melhor que o adversário até o momento do primeiro gol da Catuense, feito em bola parada. Catuense que praticamente não tinha tido maiores opções de gol até aquele instante. Futebol, como se sabe, é feito de detalhes, e este foi o detalhe que faltou no Galícia: o gol. Infelizmente, a finalização, o golpe final tem sido o ponto fraco do ataque azulino. Como em jogos anteriores, o time até que criava oportunidades, mas não as convertia.
No segundo tempo, o técnico promoveu novas mudanças, o Galícia foi para cima, teve várias chances de empatar, mas, de novo, foi a Catuense que soube aproveitar o momento e aumentou o placar. Nos dez últimos minutos, com a expulsão de um jogador adversário, e já com um homem a mais, praticamente só havia um time em campo: o Galícia. E foi numa sequência interminável de ataques que o time conseguiu o pênalti que Diego Higino cobrou com perfeição para diminuir o placar. Já nos minutos finais, o time perdeu mais duas oportunidades incríveis para igualar o marcador.
Infelizmente, o que ficou, no final das contas, foi a terceira derrota seguida, e a equipe continuou estacionada com os mesmos seis pontos que tem desde a segunda rodada. Para diminuir o nosso prejuízo, o Ypiranga perdeu para o Ipitanga, o que contribuiu para embolar de vez o grupo. Agora, cinco pontos separam o líder Camaçari (nove) do lanterna Ipitanga (quatro). Na prática, todos ainda têm chances de classificação, inclusive o Galícia, que caiu para a quarta posição, um ponto atrás do seu algoz, a Catuense, e dois pontos atrás do Ypiranga (veja aqui a classificação completa).
Na próxima rodada, o Galícia folgará. Com isso, o treinador Veloso terá duas semanas pela frente para ajustar o time, moldá-lo à sua imagem e semelhança, impôr a sua filosofia, imbuir os atletas da certeza de que a classificação ainda depende deles. Serão três jogos restantes em que todos deverão dar o máximo de si para arrancar três vitórias, fazer do impossível o possível, mostrar que são jogadores dignos de vestir a camisa de um time tradicional como Demolidor de Campeões. A começar pelo próximo jogo, no dia 08/06, contra o Ipitanga em Lauro de Freitas (o jogo foi antecipado pela FBF do dia 09 para o dia 08/06).
Por sua vez, a Diretoria do clube vem fazendo sua parte, colocando à disposição do treinador e dos atletas as melhores condições possíveis dentro da realidade do clube. Além dos reforços que chegaram na semana passada e que já estiveram em Pituaçu no sábado, outros já foram regularizados desde então e mais três foram fechados hoje, devendo estar registrados antes da próxima partida.
Tudo isso para que o técnico possa escalar o melhor time possível para os três jogos decisivos que se avizinham.
Assim, o presidente Dario Rego, em nome de toda a Diretoria, pede aos torcedores que mantenham a esperança e a confiança, como ele mesmo e seus diretores vêm mantendo. Apesar do duro golpe que o clube sofreu no último sábado, a hora de jogar a toalha ainda não chegou, e, no que depender do Galícia, não chegará jamais.
Arriba, Galícia!